domingo, 25 de novembro de 2012

XVI Europeu de Chartres, em piscina curta


E no quarto e último dia do XVI Europeu de Chartres, em piscina curta, Portugal volta a ter dois atletas nas finais. 

Depois de, ontem, Diogo Carvalho se ter qualificado para o momento decisivo dos 100 estilos, nas eliminatórias de hoje Carlos Almeida conseguiu o mesmo nos 200 bruços batendo o recorde nacional com 2.08,77m (9.º) e beneficiando da desistência do israelita Gal Nevo (2.09,24), o 7.º mais rápido mas que, esta tarde, também atuará na prova de Diogo. 

Após ter estado a sofrer nas três eliminatórias a seguir à sua, rogando pragas a todos os que o poderiam ultrapassar, Carlos (24 anos) acabara desiludido e frustrado por ficar à porta, como primeiro suplente, de uma das suas provas prediletas.

Foi furioso que se foi embora ao não ter concretizado um dos objetivos que o trouxera a França: ser também finalista nos 200 bruços. 

Nem sequer o facto de ter batido, por três centésimos, o máximo nacional que Nuno Quintanilha (2.08,80) detinha desde os Nacionais de clubes de 2009, disputados em St. António dos Cavaleiros, animava o homem da equipa de Louisville (EUA). Ele sabia que tinha capacidade para ter feito mais.

«É melhor nem dizer nada. No commets...», começou por afirmar o estudante do último ano de gestão do desporto, na Universidade de Louisville. E nem tinham decorrido todas as séries dos 200 bruços. «Consigo fazer melhor. Bem melhor, três ou quatro segundos. Não saiu...». «Não, não fico satisfeito só com o recorde nacional», diz. 

Entretanto chega Diogo Carvalho, que disputara a série seguinte e pergunta: «O tempo dá para a tarde?». Carlos responde seco: «Não!». O olímpico português sentia que ia ficar de fora e não ponderava sequer ficar à porta da final. «Devo ser para aí 10.º...». Mas, mais do que os adversários, Almeida culpava-se a si próprio. «O pior foram os últimos 50 metros...»

E lá foi de ânimo em baixo para a zona dos atletas. Cerca de meia hora mais tarde a boa nova chegava. Nevo, bronze nos 200 e 400 estilos, desistira da final dos 200 bruços para apostar em força nos 100 estilos, onde uma vez mais será adversário de Diogo. 

Afinal Almeida não precisava arrumar o equipamento. Tem a oportunidade de, esta tarde (14.52 h de Portugal), mostrar que realmente consegue fazer mais. O anterior máximo pessoal era 2.10,57 s e fora conseguido na mesma prova em que Quintanilha se tornara recordista. 

Foi o terceiro máximo nacional que Carlos bateu no evento. Os outros dois tinham sido registados nas eliminatórias e meias-finais de 100 bruços, onde também foi finalista (7.º). 

Quanto a Diogo, conseguiu um novo máximo de carreira ao parar o cronómetro nos 2.09,61m (14.ª entre 34 participantes). «O objetivo era nadar de manhã. Foi mais para entrar no ritmo para a final dos 100 estilos. Ter realizado o recorde pessoal já foi qualquer coisa».

«Havia conseguido 2.14m há pouco tempo nos regionais e numa piscina fraca. Por isso sabia que pior não deveria fazer», concluiu Diogo cujo máximo pessoal (2.11,60) durou cerca de um ano. Às 15.12 horas Diogo disputará a terceira final neste Europeu.


By: Abola.pt

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